segunda-feira, 19 de abril de 2010

Probably.

Chegamos a um certo ponto na vida, em que ela deixa de ter esse nome. Deixa de ter sentido, deixa de ter a mínima importância. Não há mais nada que surpreenda, algo de novo e fascinante, simplesmente não há, cai-se numa rotina, monotonia que amargurará a alma. Podem existir momentos em que sentimos aquela esperança, vivacidade e sede de aproveitar todos os segundos, mas na verdade para quê viver tudo isso se mais tarde ou mais cedo chegaremos a um ponto em que tudo se desvanecerá, em que a decadência dará nome aos nossos dias, em que o brilho do sol deixará de atingir toda a superfície do nosso rosto, marcado por rugas e cicatrizes que os anos fizeram questão de deixar. Não será melhor morrer quando estamos no auge da nossa existência, prevenindo assim que nos deparemos com o pior de nós próprios?

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